De forma muito simplista, autoestima é a capacidade que uma pessoa de confiar em si mesma, sentindo-se capaz de enfrentar os desafios da vida, expressar-se de forma adequada perante si e perante os outros e satisfazer as suas necessidades e os seus desejos de forma assertiva e determinada, ou seja, por norma, uma pessoa com autoestima positiva desenvolve ativamente o amor-próprio, cultiva relações humanas mais positivas, está mais disponível para gostar dos outros e cooperar com estes.
Deste modo, é perfeitamente compreensível que a existência de baixa autoestima seja geradora de ansiedade, medo, depressão, entre outros problemas psicológicos / psiquiátricos graves que são capazes de abalar profundamente a saúde mental da pessoa acometida, que poderá sucumbir a uma espiral emocional negativa, se não procurar ajuda imediatamente, porque as citadas problemáticas tendem a exacerbar-se ao longo do tempo e a reforçar-se mutuamente.
Tendo por norma inicio numa comparação distorcida com os outros (em que se acredita piamente que estes são melhores, mais bonitos, mais bem-sucedidos...), a baixa autoestima resulta sempre de um desequilíbrio ente o "eu real" e o "eu ilusório" da pessoa, implicando, na maior dos casos, uma valorização excessiva do "eu ilusório" que pelo facto de ser virtual, contribui para exacerbar, ainda mais, as distorções percecionadas, fazendo disparar inadvertidamente mecanismos que fazem emergir sentimentos de inferioridade. Daí até à desvalorização das qualidades e à acentuação das nossas próprias limitações é um paço muito breve.
Sendo importante referirmos que as pessoas que "caem" neste círculo vicioso tornam-se incapazes de enfrentar os desafios que a vida lhes reserva porque deixaram de acreditar nas suas potencialidades. Para além disso, e de forma cumulativa, a sua estrutura emocional tende a ficar bastante abalada, conduzindo as pessoas com baixa autoestima ao pessimismo é à negatividade.
Efetivamente, as pessoas com baixa autoestima tende a ser propensamente infelizes, a desvalorizar os seus sentimentos e a satisfazerem-se com muito pouco. Sendo importante percebermos que, ao desvalorizam-se a si mesmo pela falta de amor-próprio, as pessoas que sofrem de baixa autoestima, tendem a não se sentirem merecedoras de amor e do respeito dos outros, porque perderam o respeito por si próprias. Podendo, em casos extremos, aceitar conviver com pessoas que as maltratam sistematicamente, porque perderam por completo a noção do que distingue a cedência da mera submissão e perderam a consciência do que merecem e do limite do razoável.
Sendo também bastante comum nas pessoas com baixa autoestima ignorarem os elogios que lhe são feitos (porque já não acreditam na justeza dos mesmos), fugirem dos apelos (desculpando-se com a falta de tempo) e recearem expor as suas ideias. E tal acontece porque o seu cérebro passou a ser dominado quase integralmente por pensamentos negativos que alimentam este círculo esmagando a autoestima.
Face a tudo o que foi alvitrado anteriormente, e apesar de existirem alternativas psicoterapêuticas válidas, o recurso à Hipnose constitui um meio muitíssimo eficaz de resolver a problemática de uma forma duradoura pelo facto de trabalhar diretamente os mecanismos inconscientes que estão envolvidos no "subtil jogo de equilíbrios" existente entre os 3 "eus" que mais determinam a autoestima dos seres humanos: "Eu Real"; "Eu Ideal" e "Eu Ilusório".