Hipnose de Relaxamento


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Tendo em consideração que a hipnose é uma poderosa técnica psicoterapêutica que explora o inconsciente do paciente através do sugestionamento mental realizado após indução de um funcionamento cerebral mais lentificado, caracterizado por um registo eletroencefalográfico Alfa, é mais do que evidente o potencial que a técnica apresente para promover o relaxamento e induzir estados de bem-estar profundos, que promovem a libertação do stress e de energias negativas.

Tirando partido, dos diferentes níveis de transe hipnótico, o hipnoterapêuta consegue gerir adequadamente os níveis de relaxamento físico e mental que pretende que sejam experienciados pelo paciente, associado a esse estado de relaxamento imagens e significados latentes (relaxamento imagético) que potencializam ainda mais os efeitos imediatos e alongo prazo da técnica, que por norma fomenta resultados muito mais duradouros do que os que são obtidos a partir de técnicas de relaxamentos mais simples.

Sendo importante referirmos, a existência de inúmeros estudos fisiológicos que atestam de forma inequívoca, que a hipnose, para além de induzir um funcionamento mental mais relaxado com predomínio de ondas do tipo alfa (trabalhos realizados com recurso a aparelhos de eletroencefalograma, mostram claramente um traçado a atividade elétrica cerebral, revelando inequivocamente que o paciente em hipnose produz especialmente ondas alfa, que são típicas da vigília em relaxamento, ou seja, concentração sem esforço), origina de forma natural e espontânea uma respiração muito lenta e profunda, uma lentificação da frequência cardíaca, uma redução dos níveis de pressão arterial, um afrouxamento e relaxamento muscular profundo dos membros, etc.

Por norma, o paciente percebe o relaxamento como sensação de peso e sente que poderia mover-se ou “acordar”, mas não sem grande esforço, que ele realmente não está disposto a efetuar no momento. Permanece ciente dos sons e da atividade do ambiente, e observa com curiosidade e expectativa as suas próprias respostas aos exercícios que vão sendo propostos, seguindo com agrado as orientações que lhe são dadas no sentido de solidificar ainda mais o estado de relaxamento em que encontra.

Estamos assim perante uma poderosa ferramenta de indução de estados de relaxamentos, cujo grau de profundidade pode ser controlado pelo profissional de saúde que está a realizar o procedimento hipnótico, trabalhando adequadamente os três níveis de profundidade existentes (Leve, Moderado e Profundo), em função das necessidades do paciente, o que lhe confere uma grande flexibilidade terapêutica.

Sendo ainda importante salientarmos que para além da vantagem que acabamos de enumerar, a realização de relaxamentos com recurso à técnica hipnótica, permite uma associação muito mais eficiente de conteúdos imagéticos que reforçam o estado de relaxamento inicial e um prolongamento temporal dos seus efeitos benéficos (que em certos casos são permanentes), fruto da realização de um trabalho direto e aprofundado com o inconsciente do paciente.